Desde os primórdios da humanidade, a busca por compreender as complexidades do comportamento humano tem fascinado estudiosos ao longo das eras. Imaginar que, mesmo em tempos remotos, a ideia de que os seres humanos poderiam ser divididos em distintos tipos já ecoava nas mentes curiosas dos pensadores.
Ao observarmos o mundo à nossa volta, é impossível negar a diversidade de comportamentos que nos cerca. Cada indivíduo é único, um complexo mosaico de características que moldam a maneira como enfrentamos desafios, nos relacionamos e nos expressamos. Nesse intrigante panorama que se inicia a História da Teoria DISC e diversas outras teorias milenares.
E, neste artigo, te guiaremos em uma incrível e emocionante jornada pelas origens e evolução dessa incrível teoria que se tornou uma ferramenta globalmente reconhecida de mapeamento de personalidades, sendo uma das 3 grandes teorias utilizadas no teste Cis Assessment.
Prepare-se para explorar não apenas uma teoria, mas um universo de possibilidades que abrange desde os estudos da Antiguidade até as inovações contemporâneas. Embarque conosco nesta viagem fascinante pelo intrincado labirinto da personalidade humana, onde cada curva revela um novo insight, e cada teoria contribui para a compreensão única de quem somos e como interagimos no mundo.
História da Teoria DISC – Como foi o seu Surgimento?
Em 1925, no cenário acadêmico da prestigiosa Universidade de Harvard, o Dr William Moulton Marston (1893-1947), advogado e renomado psicólogo, mergulhou nas complexidades das interações humanas. Em um mundo onde as relações harmoniosas pareciam ser uma utopia, Marston percebeu que uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo ser humano residia na arte de conviver pacificamente uns com os outros.
Diante das diversas facetas do comportamento humano, Marston, dotado de uma mente inquisitiva, lançou a seguinte indagação:
“Será que pessoas normais não têm um padrão de comportamento?”
Essa simples questão desencadeou uma jornada de descobrimento, levando-o a explorar os intricados labirintos da mente e do comportamento.
A história da Teoria DISC, nascida desse questionamento, é um fascinante relato de observação, pesquisa e compreensão das nuances que compõem a essência de cada indivíduo. Ao longo dos anos, a dificuldade persistente de relacionar-se com aqueles que são diferentes de nós se manteve como um desafio universal.
Quem nunca se viu diante da complexidade de conviver com um parente, chefe ou colega de trabalho cujo comportamento parece ser de difícil decifração?
Diante desse panorama desafiador, o Dr. Marston não se limitou à constatação das dificuldades interativas, mas ousou criar um método inovador. Ele se propôs a decifrar os padrões intrínsecos que moldam o comportamento, o temperamento e a personalidade das pessoas. Assim, com sua mente visionária, nasceu a Teoria DISC, uma metodologia revolucionária que lançou luz sobre as complexidades das relações humanas.
Ao explorar esses três pilares essenciais:
- comportamento;
- temperamento;
- e personalidade
A Teoria DISC se consolidou como um instrumento valioso na compreensão das dinâmicas sociais.
O Dr. William Moulton Marston não apenas criou uma teoria, mas inaugurou uma abordagem integral para entender o que nos torna únicos e, ao mesmo tempo, conectados por padrões comportamentais universais. Essa é a fascinante jornada que agora desvendaremos, explorando os alicerces e os desdobramentos da Metodologia DISC.
Curiosidades Sobre o Criador da Teoria DISC
A genialidade do Dr. William Moulton Marston não se limitou à criação da revolucionária Teoria DISC; ele deixou um legado que ecoa até os dias atuais e, talvez, você nem imagine o grande legado que foi deixado pelo Dr. Marston.
Dr Marston Foi o Criador da Personagem Mulher Maravilha

Entre as criações imortais de Marston destaca-se a icônica Mulher-Maravilha. Em um contexto em que super-heróis masculinos dominavam os quadrinhos, Marston desafiou as convenções ao conceber uma heroína que personificava força, coragem e justiça.
A Mulher-Maravilha não apenas se tornou uma figura emblemática da cultura pop, mas também um símbolo de empoderamento feminino, transcendendo gerações e inspirando inúmeras pessoas ao redor do mundo.
Dr Marston Foi o Criador do Polígrafo (Detector de Mentiras)

A contribuição de Marston para a área forense foi marcada pela invenção do polígrafo, popularmente conhecido como detector de mentiras. Baseando-se na medição da pressão arterial sistólica, esse dispositivo tornou-se uma ferramenta crucial na busca pela verdade.
Marston acreditava que o polígrafo poderia transformar criminosos em indivíduos honestos, persuadindo-os a abandonar a mentira. Assim, suas inovações estenderam-se para além da compreensão do comportamento humano, alcançando os domínios da justiça e da verdade.
Essas duas realizações notáveis revelam não apenas a versatilidade intelectual de Marston, mas também sua determinação em moldar o mundo ao seu redor.
O criador da Teoria DISC, possui um legado que transcende as fronteiras da psicologia, influenciando a cultura e a ciência de maneiras inimagináveis. Afinal, William Moulton Marston não apenas decifrou os padrões comportamentais, mas também deixou sua marca indelével na história da cultura popular e na busca pela verdade.
Teoria dos Elementos da Natureza – Teoria Milenar sobre os Temperamentos
Como já dissemos neste artigo, o estudo dos temperamentos e mais diversos comportamentos e reações humanas sempre foram de grande interesse dos pensadores e especialistas.
E, na Grécia Antiga, foram apresentados ao mundo os primeiros relatos que se tem registro da Teoria dos Humores. Empédocles (490-430 a.C.) sugeriu que os elementos da natureza influenciaram o nosso temperamento.
- (TERRA) Elementos sólidos , representado pelo tipo de pessoa constante, que é sempre a mesma, talvez cabeça dura;
- (FOGO) Elementos combustíveis , representado pelo tipo intenso, rápido, inquieto e talvez nervoso.
- (ÁGUA) Elementos líquidos , representada pelo tipo sentimental, sensível, carinhoso, talvez chorão;
- (AR) Elementos voláteis , representado pelo tipo de pessoa lógica, racional, inteligente, talvez arrogante;
Astrologia Antiga – Classificando temperamentos através dos 4 Elementos
Na Astrologia Antiga, os mesmos quatro elementos também aparecem, onde procurava-se ver a correspondência entre os astros e as diferentes personalidades.
São três signos de terra (Touro, Virgem e Capricórnio), três signos de água (Câncer, Escorpião e Peixes), três signos de ar (Gêmeos, Libra e Aquário) e 3 signos de fogo (Áries, Leão e Sagitário).
Signos da Terra
Estão conectados às características do nosso planeta, um corpo estelar que se solidifica com o esfriamento e a constância de seu movimento. Daí a conceito de que os nativos dos três signos deste elemento são os mais realistas dos seres . Touro é lento, comedido, parcimonioso, constante e teimoso. Virgem é detalhista, sensível, sóbrio, escrupuloso e racional e Capricórnio nos mostra persistência, determinação, aceitação e severidade.
Signos da Água
Vital para a sobrevivência dos seres vivos, ela está ligada aos sonhos, fantasias, desejos, emoções, à família, origens e à criação quando vista pelo ângulo sexual. Daí por que Câncer lembra fecundidade, memória, inteligência sensorial e imaginação. Escorpião é a representação dos instintos, sexo, indisciplina e violência e Peixes nos mostra o lado místico, mediúnico, a bondade e a compaixão nos seres humanos.
Signos do Ar
Os signos do ar nos leva à euforia, ao humor, ao equilíbrio, à instabilidade e à adaptação. Mutável por ser elemento gasoso, o ar transmite aos signos o caráter etéreo e sonhador. Assim, se diz que Gêmeos é inquieto, curioso, dúbio, agitado e mutável; que Libra é equilibrado, harmônico, conciliador e pacífico e que Aquário é sensível, inventivo, fantasista e idealista.
Signos do fogo
Relacionado à história da própria espécie humana, esses signos falam da criação, realizando um paralelo entre a origem na bola de fogo que era a Terra em sua origem. Daí dizer-se que Áries é um signo criador, explosivo e temperamental. Que Leão é exibicionista, realizador, quente e explosivo e que Sagitário é libertário, natural, pouco comedido e brilhante.
Teoria Dos Humores Ou Temperamentos Humano
Há mais de 2.000 anos, Hipócrates, o venerado médico grego considerado o Pai da Medicina Moderna, lançou as bases da Teoria dos Humores ou dos Temperamentos. Hipócrates já dizia:
“É muito mais importante sabermos qual pessoa a doença aflige do que qual doença aflige a pessoa”
Dizia ele que os 4 fluidos corpóreos fundamentais (sangue, bile negra, bile amarela e fleuma) afetam diretamente o nosso temperamento. Com essa frase, ele já rompia paradigmas, declarando que a interação entre corpo e mente interferia diretamente no processo de cura ou avanço de uma enfermidade.
Quais os 04 Tipos de Temperamento Humano?
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Temperamento Sanguíneo
Se o sangue fosse o fluido predominante, o indivíduo teria o “temperamento sanguíneo”, de reações rápidas, e seria do tipo “alegre” ou agitado.
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Temperamento Melancólico
Se fosse a bile negra o fluido predominante, o indivíduo teria o temperamento melancólico, de reações lentas e intensas, e seria do tipo “triste”.
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Temperamento Colérico
Se fosse a bile amarela o fluido predominante, o indivíduo teria o temperamento colérico, de reações rápidas e intensas, e seria do tipo “entusiasmado”.
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Temperamento Fleumático
Se fosse a fleuma o fluido predominante, o indivíduo teria o temperamento fleumático, de reações fracas e lentas, e seria do tipo “calmo”.
Essa tipologia proposta por Hipócrates foi a base da medicina greco-romana e influenciou cientistas e pesquisadores ao longo da história, como o médico romano Galeno de Pérgamo (130-210 d.C).
Este defendia que uma boa saúde dependia do equilíbrio, ou da temperare (de onde surge o termo temperamento), dos quatro humores corporais.
Conclusão
Ao cruzarmos as fronteiras do tempo e mergulharmos nas complexidades do comportamento humano, deparamo-nos com a extraordinária história da Teoria DISC. Esta teoria, que transcende gerações, revela-se como uma lente única para entender as nuances que moldam nossas interações diárias.
Desde a Grécia Antiga, onde os elementos da natureza eram ligados aos temperamentos, até o visionário Dr. William Moulton Marston, criador do DISC, a jornada é repleta de insights sobre a essência humana. Hipócrates, pai da medicina moderna, e seu olhar para os humores, formam a base de uma teoria que atravessa séculos, provando sua relevância mesmo nos tempos contemporâneos.
Cada letra do DISC – Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade – carrega consigo não apenas uma classificação, mas um legado que remonta aos estudos de Marston sobre pessoas “normais”. Essa abordagem, originalmente destinada a entender o comportamento em contextos específicos, transformou-se em uma linguagem global para decifrar os intricados padrões comportamentais.
Assim, ao desbravar a trajetória do DISC, nos deparamos não apenas com uma teoria, mas com uma narrativa fascinante sobre a busca incessante da humanidade por compreender a si mesma. Cada reviravolta na história do DISC reflete não apenas a evolução da teoria, mas a contínua busca pela compreensão e harmonia nas relações humanas.
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